Processo jurídico no e-commerce: quais os principais e como evitá-los?

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O comércio eletrônico apresenta um mundo de oportunidades para fazer negócios, alcançar mercados globais e comprar sem sair de casa. Contudo, assim como qualquer canal de vendas, existem leis e regulamentações que devem ser cumpridas. Porém, não considere isso como uma barreira para a empresa. O processo jurídico no e-commerce incentiva as transações, tornando a experiência muito mais segura para todos os envolvidos. Veja a seguir quais questões legais sua loja virtual precisa acompanhar de perto.

A importância de entender sobre processo jurídico no e-commerce

Com o avanço das plataformas e marketplaces, vender online se tornou algo extremamente simples. O fato é que toda essa facilidade pode ocultar alguns problemas graves. E isso não apenas com o governo, mas com outros empresários, clientes e até funcionários. O primeiro passo é entender que sua loja online está sujeita às mesmas leis do comércio tradicional. E, claro, operar sem CNPJ não é uma alternativa. Além de multas pesadas, os responsáveis podem até ser presos por sonegação ou qualquer outro dano ao mercado. A loja também é responsável pela privacidade dos dados de clientes. Vazamentos ou abusos podem ser denunciados aos órgãos responsáveis, como o PROCON. Já dentro da empresa, deve existir o cuidado necessário com as normas e leis trabalhistas. Qualquer atividade por longos períodos pode apresentar vínculo empregatício e, caso ocorra alguma falha ou desentendimento, processos jurídicos são acionados contra os proprietários. Isso também vale para fornecedores, parceiros de negócios e até concorrentes. Condutas desleais não são aceitas no e-commerce e serão punidas de acordo com a lei. De fato, o mercado precisa de algumas regulamentações para garantir direitos e responsabilidades — o que torna o processo muito mais previsível e seguro.

Principais processos jurídicos no e-commerce

Cada segmento apresenta suas variáveis e complexidades. De modo geral, listamos as questões jurídicas que devem ser observadas por lojistas de e-commerce.

Contratos com provedores de serviços online

Negocie cuidadosamente todos os contratos com profissionais/empresas que fornecem design do site, hospedagem, propaganda ou outros serviços online relacionados. Considere acordos que abordem o uso da propriedade intelectual, apuramento de direitos de terceiros, segurança e confidencialidade das informações, além de boas práticas de otimização em mecanismos de pesquisa (SEO). Fique atento a técnicas irregulares de ranqueamento no Google, isso pode gerar resultados no curto prazo, mas, em seguida, seu domínio corre o risco de ser punido ou até excluído das pesquisas.

Violações de marca comercial

Considere cuidadosamente quaisquer direitos de marcas registradas que seu site ou URL possa ter. Para evitar violações e futuros processos jurídicos, faça uma pesquisa no INPI antes de desenvolver sua identidade visual. Lembre-se que o proprietário da marca pode exigir royalties por todas as vendas realizadas no período. A melhor alternativa para proteger sua empresa, além da pesquisa prévia, é o cadastro da marca junto ao INPI.

Contratos com clientes

Os princípios contratuais tradicionais se aplicam às transações realizadas online. Isso significa que cada contrato online exige uma oferta, aceitação e consideração. Verifique se seus contratos (por exemplo, termos de uso e políticas do site) atendem aos requisitos do setor. O consumidor deve saber exatamente o que está comprando — e o que esperar da empresa caso ocorra algum problema. Suas políticas devem garantir os direitos do consumidor e, ao mesmo tempo, proteger a operação de abusos e golpes. Lembre-se também de sempre ser claro ao divulgar os produtos para evitar mal-entendidos. Assim, sua loja fica protegida de possíveis reclamações de propagando enganosa.

Proteção contra difamação

O artigo 19 da Lei 12.965/2014 oferece proteção quando o reclamante extrapola o direito de manifestação. Ofensas ou afirmações irreais contra empresas podem ser configuradas como um ato ilícito — passível de compensação e ressarcimento. Nesse caso, a plataforma responsável deve remover a difamação ou ser acionada na justiça para o cumprimento da lei. O próprio Google oferece uma ferramenta (Alerts) para acompanhar publicações sobre uma marca.

Direitos de privacidade

A maioria das plataformas de comércio eletrônico são reservatórios de informações confidenciais do cliente — que geralmente são coletadas por meio de formulários de contato, registro do usuário e durante o pagamento de compras. As leis de privacidade, incluindo as que protegem registros médicos, dados financeiros e sobre crianças ou adolescentes, aplicam-se às informações coletadas online. Para evitar ações punitivas, tenha uma política de privacidade que explique com precisão as práticas sobre coleta de informações e de identificação pessoal. Destaque também quais medidas são adotadas para evitar ataques virtuais e vazamentos de dados. Seguir os padrões de segurança online é o mínimo necessário para evitar processos ou perda de reputação.

Imagem da marca

A medida que uma empresa cresce, diversos colaboradores ou terceiros podem ter acesso aos canais de comunicação. Por isso, invista em manuais de conduta e segurança para impedir publicações que possam afetar a imagem da marca. Negligenciar esse fator não apenas coloca a reputação em risco, mas também abre possibilidades para outros processos jurídicos — como denúncias por danos morais de clientes, por exemplo.

Obrigações tributárias

As transações e vendas online estão sujeitas a impostos que variam entre os estados. A melhor saída para evitar complicações é contratar um contador responsável. O profissional deve definir o melhor regime tributário para sua operação, além de traçar estratégias para otimizar os custos. É importante ressaltar também a necessidade da nota fiscal em toda transação. Os benefícios são bastante claros:

  • Melhora a reputação com parceiros e clientes
  • Facilita a coleta de impostos e o controle financeiro
  • Incentiva transações com outras empresas
  • Permite contrato com diversas transportadoras
  • Evita multas ou punições severas por sonegação de impostos

O e-commerce como ambiente seguro para negócios

Por fim, não deixe que as facilidades do mundo virtual oculte suas obrigações legais. Cumprir a legislação vigente com clientes e parceiros pode salvar sua empresa de processos dispendiosos, além de provável perda de reputação. O processo jurídico no e-commerce engloba medidas básicas para começar e desenvolver um negócio de sucesso. Elas representam, na verdade, o que todos nós desejamos como consumidores e vendedores: um ambiente seguro e transparente para fazer negócios. Conhece alguém que precisa dessas informações? Compartilhe o texto em suas redes sociais para ajudar mais pessoas!

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